“Um desafio radicalmente novo se coloca agora para o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. Ao ocuparmos as ruas de Bauru, na primeira manifestação pública organizada no Brasil pela extinção dos manicômios, os 350 trabalhadores de saúde mental presentes ao II Congresso Nacional dão um passo adiante na história do Movimento, marcando um novo momento na luta contra a exclusão e a discriminação”.
Assim começava a Carta de Bauru, documento editado a partir do II Congresso Nacional das/os Trabalhadoras/es em Saúde Mental, realizada naquele município no interior de São Paulo, em 1987.
Nascia ali o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, lembrado neste 18 de maio (quinta-feira), com diversas ações em todo o País, visando o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), a garantia dos direitos das/os usuários da política de Saúde Mental e reafirmando a extrema necessidade de uma vida, de uma sociedade sem manicômios.
“Contra a mercantilização da doença; contra uma reforma sanitária privatizante e autoritária; por uma reforma sanitária democrática e popular; pela reforma agrária e urbana; pela organização livre e independente dos trabalhadores; pelo direito à sindicalização dos serviços públicos; pelo Dia Nacional de Luta Antimanicomial em 1988! Por uma sociedade sem manicômios!”
Assim terminava a Carta de Bauru. A partir dela, foi instituído o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Para a Fenapsi, é momento de reafirmar a defesa da Raps e a cobrança pelo fim da lógica hospitalocêntrica e manicomial na política de Saúde Mental.
“Estamos comemorando 30 anos do II Congresso e da Carta de Bauru. E nesse momento de retrocesso político, de ameaças às políticas públicas, de ataque frontal à Raps; é muito importante militarmos em favor da garantia de condições de trabalho a todos que atuam na área e, sobretudo, dos direitos aos usuários de saúde mental por uma sociedade sem manicômios”, assinala a presidente da Federação, Shirlene Queiroz.
Ela convoca a categoria a participar dos atos previstos nos Estados para reforçar este momento de grande mobilização da luta antimanicomial. E convida também todos e todas a acompanharem o Hora Psi, desta quarta-feira, 17.
“Vamos sintonizar na Rádio Mundo Brasil, no programa Dia a Dia, pois a partir do meio-dia desta quarta-feira, vamos fazer o Hora Psi sobre a saúde mental e sobre a luta antimanicomial, convidamos todas/os a ouvirem e participarem da discussão que vamos promover”, adianta a presidente.
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